Lápis grafite

A história do lápis grafite


Os primeiros lápis, como são conhecidos hoje, vieram das montanhas de Cumberland (Inglaterra), onde foi encontrada a primeira mina de grafite. Em função da cor semelhante, acreditou-se ter encontrado chumbo. Somente no final do século XVIII o químico Karl Wilhelm Scheele comprovou cientificamente, que o grafite era um elemento próprio (carbono) e não um derivado do chumbo.
O grafite da mina inglesa de Cumberland foi de tal forma explorado, que os ingleses passaram a proibir sua exploração sob ameaça de pena de morte. A qualidade do grafite inglês e os lápis com ele produzidos foram desvalorizando-se cada vez mais.
O lápis surge na Alemanha pela primeira vez em 1644 na agenda de um Oficial de Artilharia. Em 1761 na aldeia de Stein, perto de Nuremberg, Kaspar Faber inicia sua própria fábrica de produção de lápis na Alemanha. A partir de 1839 ocorre um aperfeiçoamento do chamado processo de fabricação do grafite, com a adição de argila; uma invenção quase paralela do francês Conté e do austríaco Hartmuth no final do século XVIII. A partir de então argila e grafite moídos são misturados até formarem uma pequena vara e depois queimados.
Através da mistura de argila com grafite tornou-se então possível fabricar lápis com diferentes graus de dureza. Lothar von Faber aumenta a capacidade de produção de sua fábrica. Após a construção de um moinho de água, a serragem e entalhamento da madeira passam a ser mecanizados e uma máquina a vapor torna a fabricação ainda mais racional. Desta forma está aberto o caminho para a indústria de grande porte.
Lothar von Faber realizou ainda mais uma proeza, bastante incomum para aquele tempo: ele guarneceu seus lápis de qualidade com seu nome. Assim nascia na Alemanha os primeiros artigos de escrever com marca registrada. Lothar von Faber é considerado o criador dos lápis hexagonais e, além disso, foi ele que estabeleceu as normas relativas ao comprimento, à grossura e ao grau de dureza destes artigos, as quais foram incorporadas por quase todos os outros fabricantes do mundo.
No final do século XVIII e ao longo do século XIX foram fundadas empresas como a Staedtler, a Lyra e a Koh-I-Noor, entre  outras, todas fabricantes de lápis de boa qualidade.  
Dos tempos pioneiros até os dias de hoje, tanto a qualidade quanto a forma de produção dos lápis de grafite foram sendo cada vez mais aprimoradas.
Embora a forma e a aparência externa dos lápis tenham sido mantidas iguais até os nossos dias, não é possível comparar os lápis fabricados antigamente com a pureza e seriedade com que os artigos atuais são produzidos.



Lápis: Simples e surpreendente



O lápis grafite é um material simples e pode ser a base de iniciação ao desenho. Sendo um material comum pode ser encontrado facilmente, e com preço acessível. O lápis pode ser surpreendente, pois serve desde o esboço até a finalização de uma obra, possibilitando uma grande quantidade de efeitos e traços diferentes.
Como estamos falando em desenho, lógico que será necessário usar os materiais certos para tal. Utilizando-se apenas um lápis normal, o chamado "N° 2", conseguimos até fazer alguns traços e efeitos, mas para ter um resultado mais favorável, devemos usar  os chamados "lápis graduados", que são mais adequados para trabalhos artísticos e técnicos.
Os lápis graduados são divididos em duros e macios, seguindo a sequência: 9H, 8H, 7H, 6H, 5H, 4H, 3H, 2H, H, F, HB, B, 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 7B, 8B e 9B. Cada marca possui sua sequência, aqui coloquei de um modo geral. A sigla H vem de "hard", e quer dizer uma mina mais dura, já a sigla B vem de "brand" e significa que a mina é mais macia. Nesse meio encontramos a graduação "F", significa ponta fina, permitindo que a mesma permaneça assim por mais tempo, e a graduação HB, que é de dureza intermediária, tambem usados para escrita. Normalmente, os "Hs" são mais apropriados para o desenho técnico, pois permitem um traço firme, já os "Bs" são mais usados para trabalhos artisticos, mas isso não impede que sejam usados para ambos.


 Agora que o lápis já foi apresentado, gostaria de mostrar algumas marcas boas, que produzem material de ótima qualidade. Entre estas listadas abaixo, tive a oportunidade de usar os lápis 9000 da Faber-Castell, os Hardtmuth 1500 da Koh-I-Noor e os Mars Lumograph da Staedtler, sendo este último  o meu preferido. Mesmo não tendo experimentado as outras marcas, tenho ótimas referências de quem usou e aprovou.


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